segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Como o problema da origem da vida é uma evidência ENORME para a existência de Deus

Um grande problema que cientistas naturalistas (naturalista é aquele que apenas acredita no que é natural, sem nada sobrenatural no meio) enfrentam é explicar a origem da vida de uma forma puramente naturalista, sem ter de cogitar a possibilidade de um criador por trás de toda a vida, como uma divindade, por exemplo. Então, até hoje, NÃO há nenhum modelo válido para a origem da vida e todas as tentativas de simular a origem da primeira vida foram um FRACASSO. Um exemplo bastante notável foi o experimento Miller-Urey, que só simulou pequenas etapas de todo o processo e não chegou a nada conclusivo (https://pt.wikipedia.org/wiki/Experi%C3%AAncia_de_Miller_e_Urey).

Enfim, a "receita da vida" até agora não foi descoberta por ninguém ainda. A receita seria uma combinação de elementos químicos (os quais todos os seres vivos e inanimados possuem) e as condições ambientais (temperatura, pressão, etc.) que favorecem o processo a acontecer. Até aqui, tudo bem científico, certo? Então, se eu dissesse que, em cima deste problema, eu tenho um argumento que evidencia ("evidência" não é o mesmo que "prova", antes que você pergunte) a existência de Deus como ESSENCIAL para que este caso faça sentido? Pois eu digo e tenho. O argumento será exposto logo abaixo:

Face ao dilema de não termos conhecimento da receita da vida, temos 4 opções que podem ser verdadeiras para isso:

1) A receita da vida NÃO EXISTE;
2) A receita da vida EXISTE, mas não é possível de ser descoberta pelos homens;
3) A receita da vida EXISTE, é possível de ser descoberta pelos homens, mas é impossível de ser REPRODUZIDA;
4) A receita da vida EXISTE, é possível de ser descoberta pelos homens e é POSSÍVEL de ser REPRODUZIDA pelos homens um dia.

Com as informações que temos atualmente, não creio que seja possível determinarmos qual das 4 opções é a verdadeira. Então, iremos escolher uma de cada vez e ver aonde chegamos, certo?

Começaremos pela opção 4, que é a mais otimista para os cientistas naturalistas. Aqui, a receita existe, pode ser descoberta e pode ser reproduzida pelos humanos. Então, neste caso, teremos, um dia, uma equipe de cientistas que irá finalmente criar uma vida em laboratório, PROVANDO que a receita da vida é real e pode ser reproduzida. Grande descoberta para a Ciência! Sendo este o caso, o que foi provado aqui? Que a vida surgiu NATURALMENTE (ou espontaneamente, como preferir)? NÃO! A única coisa provada aqui é que, conhecendo a tal receita, vc pode "cozinhar" ela ao você mesmo criar todas as condições para que ela seja cozinhada. No caso, a equipe de cientistas que "cozinhou" a receita. Em outras palavras, esta opção NÃO ajuda a provar origem naturalista do homem, pois apenas provou que a vida pode ser gerada quando alguém cria as devidas condições para isso. Os cientistas precisariam provar que isto tudo teria ocorrido SEM NENHUMA interferência humana, o que julgo impossível. Ou seja, qual é a conclusão que chegamos com isto? Concluímos que um ser, o qual denominaremos de O Grande Cientista, criou a primeira vida no passado. Este Grande Cientista não pode ser nenhum ser vivo da atualidade, pois Ele ainda não havia criado nada ainda, então Ele é o primeiro ser vivo existente. E, como Ele gerou as primeiras vidas, Ele deve ter existido desde o princípio, se tornando um ser anterior a toda a existência, afinal, não acabamos de mostrar que seres MAIS SIMPLES do que este ser não podem ser gerados naturalmente? Muito menos este ser poderia ter sido gerado espontaneamente. Então, a conclusão óbvia é que este ser sempre existiu desde os primórdios do Universo e o ser que mais se aproxima da identidade deste ser é ninguém menos do que... Deus!

Então, o que acontece se a opção 3 for a verdadeira, então? Temos uma receita que existe, mas os homens não conseguem reproduzi-la, o que de novo nos remete ao mesmo Grande Cientista de antes, com o bônus de que Ele é o único capaz de gerar a vida, que normais humanos não são capazes. E se a opção 2 é a verdadeira, a receita será sempre desconhecida e só este mesmo Grande Cientista detém este conhecimento cabal.

Por último, temos a opção 1, que é a mais espetacular de todas. Se a receita simplesmente NÃO EXISTE, então temos, como origem da vida, além do Grande Cientista, temos também Ele como sendo O Grande Criador, capaz de criar vida sem ingredientes (afinal não tem receita). Ou seja, criar a vida DO NADA!

Enfim, o que podemos concluir? O problema da origem da vida tem em torno de quatro opções possíveis e em TODAS AS QUATRO podemos inferir Deus como cientista e criador nelas. Se não for mostrada nenhuma outra opção além destas quatro, temos uma clara TAUTOLOGIA, que é quando, não importa os valores de uma sentença, o resultado é sempre verdadeiro. Ou seja, não importa a opção que é a correta, Deus é VERDADEIRO em todas elas! E este ser aparece aqui, pelo menos, com as seguintes características:

1) Extremamente inteligente: é o primeiro e/ou o único capaz de gerar uma vida, seja a partir do nada ou a partir de outros elementos e não adquiriu este conhecimento de ninguém;
2) Extremamente poderoso: capaz de coexistir desde os primórdios do universo e, possivelmente, tenha criado a vida do nada;
3) Pessoal: ele se prontificou a gerar vidas além Dele mesmo, mesmo sem precisar fazer isso;
4) Eterno: existe desde os primórdios. Aliás, existir nem é o termos mais correto, Ele simplesmente É;

E fechando com chave de ouro, estas características, mais uma vez, só se enquadram no único Deus verdadeiro descrito na Bíblia.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Ezequiel 18: onde Deus estampa seu livre arbítrio, amor e justiça inigualáveis!

O enfoque deste blog sempre será defender a Palavra de Deus de toda a e e qualquer heresia contra ela, pois as heresias prejudicam o Evangelho, desviando o cristão de seu foco em Cristo e gerando empecilhos na nossa vida cristã, além de causar prejuízos na vida de pessoas descrentes que passam a ter uma visão errada do Evangelho e reagem mal a ele. Assim sendo, o Calvinismo, doutrina que há séculos tem permeado a igreja, tem se revelado como uma heresia sem tamanho e eu tenho constatado cada vez mais que esta doutrina é INCOMPATÍVEL com a Bíblia e com o perfil de um verdadeiro cristão, além de afetar negativamente a imagem boa de Deus. Como tal, deve ser combatido.

Começando minha jornada contra esta doutrina perigosa, minha arma é sempre a mesma: interpretação da Bíblia com bom senso e inteligência. Estas são as armas que o Espírito Santo nos dá e devemos usar e abusar dela sempre que possível. Enfim, vamos ao artigo:

Um dos pontos fortes do Calvinismo é defender que Deus "elegeu" seus salvos desde a fundação do mundo e esta eleição é incondicional e imutável. Inclusive, eu diria que este é o ponto central do calvinismo. Sem ele, o calvinismo não é nada. Para mim, e vários outros, é evidente que a eleição existe, sim, na Bíblia, mas nunca se refere a eleição para a salvação, e, sim, eleição para outras finalidades. Como o calvinismo defende a eleição prévia e imutável de Deus, logo automaticamente o livre arbítrio do ser humano é anulado e o homem é incapaz de escolher seu próprio destino. Mas, felizmente, a Bíblia é contundente em afirmar a responsabilidade do homem em seu destino futuro e um dos textos mais fortes contra isso é o capítulo 18 de Ezequiel!

Por isso, farei uma análise trecho a trecho do capítulo, mostrando a vocês como o livre arbítrio de Deus se manifesta a cada versículo deste capitulo impressionante.

Qualquer coisa, para referência, esta versão do capítulo se encontra disponível na Bíblia Online neste link: https://www.bibliaonline.com.br/acf/ez/18

"E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
Que pensais, vós, os que usais esta parábola sobre a terra de Israel, dizendo: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram?
Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que nunca mais direis esta parábola em Israel.
Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá."


 Deus inicia citando uma parábola, um ditado que os israelitas utilizavam: "
Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram". Ditado interessante que ilustra a doutrina de que os pais transferem os seus pecados para seus filhos. No caso do ditado, o pai suja os dentes ao comer as uvas, mas os filhos, que não comeram aquelas uvas, sofrem também a consequência em seus dentes. Bem estranho, né? Mas era nisso que eles acreditavam e o próprio Deus, utilizando seu profeta Ezequiel, vem para NEGAR esta doutrina enganosa!

Deus explica CLARAMENTE aqui que QUEM PECA, morre. Ou seja, a responsabilidade do pecado é PESSOAL, você não herda pecado, nem culpa, pelo que seu pai fez, vc é punido pelo que VOCÊ FAZ. Isto é indício de livre arbítrio e é evidência CONTRA a total depravação do homem (homens não herdam natureza depravada de Adão coisa nenhuma).. Mas isto fica para um outro artigo..

"Sendo, pois, o homem justo, e praticando juízo e justiça,
Não comendo sobre os montes, nem levantando os seus olhos para os ídolos da casa de Israel, nem contaminando a mulher do seu próximo, nem se chegando à mulher na sua separação,
Não oprimindo a ninguém, tornando ao devedor o seu penhor, não roubando, dando o seu pão ao faminto, e cobrindo ao nu com roupa,
Não dando o seu dinheiro à usura, e não recebendo demais, desviando a sua mão da injustiça, e fazendo verdadeiro juízo entre homem e homem;
Andando nos meus estatutos, e guardando os meus juízos, e procedendo segundo a verdade, o tal justo certamente viverá, diz o Senhor DEUS."


Em suma, se o homem FAZ estas coisas BOAS, ele viverá. Não há nada falando aqui que ele faz estas coisas porque foi eleito.

"E se ele gerar um filho ladrão, derramador de sangue, que fizer a seu irmão qualquer destas coisas;
E não cumprir todos aqueles deveres, mas antes comer sobre os montes, e contaminar a mulher de seu próximo,
Oprimir ao pobre e necessitado, praticar roubos, não tornar o penhor, e levantar os seus olhos para os ídolos, e cometer abominação,
E emprestar com usura, e receber demais, porventura viverá? Não viverá. Todas estas abominações ele fez, certamente morrerá; o seu sangue será sobre ele."


E o oposto do outro caso: o que faz as coisas RUINS morre em SEU pecado. Repare que em ambos os casos a responsabilidade é pessoal e cada um decidiu fazer o que fez.

"E eis que também, se ele gerar um filho que veja todos os pecados que seu pai fez e, vendo-os, não cometer coisas semelhantes,"

Agora vejam isso aqui! O pecador, citado anteriormente, gerou um filho, o filho OLHOU pro pecado do pai e decidiu não cometer baseado na experiência de seu pai. Quer evidência de livre arbítrio maior do que esta? Mas ainda tem mais!

"Não comer sobre os montes, e não levantar os seus olhos para os ídolos da casa de Israel, e não contaminar a mulher de seu próximo,
E não oprimir a ninguém, e não retiver o penhor, e não roubar, der o seu pão ao faminto, e cobrir ao nu com roupa,
Desviar do pobre a sua mão, não receber usura e juros, cumprir os meus juízos, e andar nos meus estatutos, o tal não morrerá pela iniqüidade de seu pai; certamente viverá."


Repetição do destino de quem resolveu fazer o bem.

"Seu pai, porque praticou a extorsão, roubou os bens do irmão, e fez o que não era bom no meio de seu povo, eis que ele morrerá pela sua iniqüidade."

Ele morrerá pela SUA INIQUIDADE. Pela sua escolha de pecado..

"Mas dizeis: Por que não levará o filho a iniqüidade do pai? Porque o filho procedeu com retidão e justiça, e guardou todos os meus estatutos, e os praticou, por isso certamente viverá."

E o filho não leva a culpa do pai. Conforme já foi defendido acima.

"A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele."

E aqui a constatação simples: cada um paga pelos seus atos, sejam bons ou ruins. Não há NADA aqui deixando a entender que estas pessoas são eleitas ou não. Do contrário, Deus estaria brincando com eles e mentindo, já que o "deus calvinista" determina quem é salvo ou não (através da eleição incondicional, citada no inicio do artigo), então seria inútil Deus dizer tudo isso, não?

"Mas se o ímpio se converter de todos os pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e proceder com retidão e justiça, certamente viverá; não morrerá."
 

Olhem só que interessante: o ímpio, que era descrito antes como CONDENADO e digno de morte, decidiu se converter. O que Deus diz? Ele VIVERÁ (Nínive e Jonas te lembram alguma coisa? Posso escrever sobre isso no futuro também, quem sabe)

"De todas as transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela justiça que praticou viverá.
Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? diz o Senhor DEUS; Não desejo antes que se converta dos seus caminhos, e viva?"


E aqui a misericórdia e o amor do Deus VERDADEIRO se manifesta. E nada de eleição aqui, inclusive qualquer sintoma de eleição desqualificaria Deus como alguém que "não deseja a morte do ímpio, mas deseja que ele se CONVERTA e VIVA"

"Mas, desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a iniqüidade, fazendo conforme todas as abominações que faz o ímpio, porventura viverá? De todas as justiças que tiver feito não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu, e no seu pecado com que pecou, neles morrerá."
 

E agora?? O justo, que iria VIVER, decidiu fazer o mau. O destino dele? A morte. Ele era JUSTO, então, ele seria um "eleito", conforme o calvinismo. Mas Deus está deixando claro que ele ERA e não é mais e que suas justiças de antes são anuladas pelo seu PECADO e ele cai da posição de justo para INJUSTO!

"Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é direito. Ouvi agora, ó casa de Israel: Porventura não é o meu caminho direito? Não são os vossos caminhos tortuosos?"

DE NOVO, Deus enfatiza que o erro está NO HOMEM, o homem que decide ir por caminhos tortuosos!

"Desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo iniqüidade, morrerá por ela; na iniqüidade, que cometeu, morrerá.
Mas, convertendo-se o ímpio da impiedade que cometeu, e procedendo com retidão e justiça, conservará este a sua alma em vida."


Aqui o livre arbítrio na sua forma mais pura: o justo pode optar por se desviar e o injusto pode optar por tentar ser justo. E, obviamente, o inverso se aplica.

"Pois que reconsidera, e se converte de todas as suas transgressões que cometeu; certamente viverá, não morrerá."

"Pois que RECONSIDERA".. O pecador viu suas falhas, RECONSIDEROU e mudou sua atitude. E Deus o congratula por isso! Este, sim, é o Deus VERDADEIRO da Bíblia;

"Contudo, diz a casa de Israel: O caminho do Senhor não é direito. Porventura não são direitos os meus caminhos, ó casa de Israel? E não são tortuosos os vossos caminhos?
Portanto, eu vos julgarei, cada um conforme os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor DEUS. Tornai-vos, e convertei-vos de todas as vossas transgressões, e a iniqüidade não vos servirá de tropeço.
Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes, e fazei-vos um coração novo e um espírito novo; pois, por que razão morreríeis, ó casa de Israel?"


E Deus EXORTA o povo a MUDAR seus caminhos.. Porque Deus faria isso se eles fossem meros eleitos? É justo você afirmar que um ser humano exorte um não-eleito a ser justo, porque não tem como vc discernir se o evangelizado é eleito ou não, mas o próprio Deus que SUPOSTAMENTE elegeu todos??? Porque Deus iria exortar pessoas a se converterem se elas não fossem capazes de fazerem isso após serem exortadas por Deus? Isso é livre arbítrio de forma gritante e um tapa na cara da eleição incondicional e imutável. Quer prova maior do que isso? Calma, aí vem o "grand finale"

"Porque não tenho prazer na morte do que morre, diz o Senhor DEUS; convertei-vos, pois, e vivei."
Ezequiel 18:1-32

E Deus repete sua frase de plena misericórdia, PROVANDO que não é ELE que determina a realização de maldades do ímpio, e, sim, o próprio ímpio!


O que concluímos com isso? Que Deus deseja que TODO ser humano se converta e viva, que Deus constantemente exorta as pessoas a mudarem sua conduta e se converterem de seus maus caminhos e que Deus pune com justiça a todos aqueles que optem, pelo seu livre arbítrio, a serem justos ou injustos. Quando olhamos pra Jesus, esta doutrina se completa, pois Jesus já sofreu a condenação por nós por todos os nossos pecados, então basta que nos arrependamos de nossos pecados e nos voltemos para Cristo e este ato de justiça irá nos salvar enquanto nos mantivermos firmes na justiça de Cristo. Eu poderei discorrer sobre isso de forma mais detalhada em outro artigo, mas que fique, por ora, a lição de que Deus nos deu livre arbítrio porque Deus nos AMA e Deus é JUSTO em nos recompensar de acordo com o que fizermos ou tentarmos fazer, e que Deus não escolhe alguém baseado em mera eleição incondicional para depois recompensar o que Ele escolheu para ser bom (não teve mérito algum em ser bom) e punir o que Ele escolheu para ser mau (não teve culpa alguma voluntária de ser mau). Fiquem com Deus e espero que este artigo abra seus olhos para a verdade do Evangelho! :)

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Dízimo financeiro NÃO É instituído pela Bíblia

Como um bom cristão "bereano", meu blog sempre esteve (e continua estando) a serviço da VERDADE da Bíblia, e não invencionices ou crendices sem fundamento de outros sobre ela. É papel de TODO cristão julgar as doutrinas que se falam de acordo com a Bíblia e a reta justiça usando nosso temor ao Senhor e nosso RACIOCÍNIO LÓGICO. Eu já tinha colocado um texto de outro site sobre esta heresia chamado "dízimo financeiro". Sim, HERESIA, pois a Bíblia fala de um dízimo completamente diferente do que é ensinado nas igrejas. Não, não me venha com Malaquias 3:10, pois este texto pede um dízimo, mas não especifica se é financeiro e não afirma que é pra igreja, e, sim, para Israel. Logo abaixo, estou citando TRÊS objeções fortes contra o dízimo financeiro pregado pelas igrejas de hoje. Se vc acha que estou errado, refute CADA ponto, do contrário, não conseguiu desprovar o que eu disse. Enfim, vamos às três objeções:

1) Templos físicos não foram instituídos por Cristo:

Jesus NUNCA fundou nenhuma "igreja de concreto", apenas uma única Igreja, a Igreja Invisível, composta de homens e mulheres de todos os credos e raças espalhados por todo o mundo. ESTA É a Igreja de Cristo! A Bíblia nunca ensinou a construir templos, consequentemente se valer do argumento de que "ah, tem conta de água e luz, etc." não cola, porque Jesus nunca ordenou isto! Só existia UM templo físico que foi instituído por Deus, que era o templo de Jerusalém, mas MESMO ESTE TEMPLO foi destruído e Jesus profetizou sua destruição:

"Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada". Mateus 24:2

E, pior, ao falar com a mulher samaritana, ela disse pra Jesus que:

"Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar". João 4:20

Ao que Jesus respondeu:

"Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." João 4:21-24

Dizendo isto, Jesus desvinculou a adoração a Ele de qualquer instituição física e, sim, a um desejo sincero de coração. A tendência de construir templos é puramente HUMANA, NÃO É HERESIA, ou seja, não estou afirmando que os templos CRISTÃOS que existem por aí (batista, assembleia, metodista, etc.) são HERESIAS, mas, sim, que não fazem parte do plano original de Jesus Cristo na Bíblia. Consequentemente, utilizar-se de dízimo para pagar custos que a Bíblia nunca ordenou que existissem (sem templo físico, não tem conta de luz, por exemplo) não COLA.

Assim, esta é a primeira objeção contra o dízimo financeiro: "Templos físicos não foram instituídos por Cristo, portanto, usar seus custos como argumento não é argumento a favor do dízimo"

2) O dízimo faz parte da Lei de Moisés, e não da Graça:

O dízimo era uma ordenança da LEI de Moisés, lei esta ABOLIDA pela Lei da Graça. Quem segue a Lei, tem que seguir TUDO, conforme esta referência na Bíblia:

"Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei." Tiago 2:10,11

Assim sendo, se vc segue dízimo, também tem que guardar sábado, se circuncidar, etc., porque a LEI é uma só e não pode ser praticada apenas em parte, tem que ser TUDO. Mas nenhum cristão deve seguir a Lei, nós somos justificados pela Graça, logo, o dízimo não se aplica a nós, por ser ordenança da Lei, conforme escrito em vários trechos do Novo Testamento, dentre os quais estes:

"Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão. Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. E de novo protesto a todo o homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei. Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído. Porque nós pelo Espírito da fé aguardamos a esperança da justiça." Gálatas 5:1-5

Assim sendo, temos a segunda objeção contra o dízimo financeiro: "O dízimo faz parte da Lei de Moisés, mas todo cristão deverá seguir a Graça, e não a Lei, pois a Lei foi abolida em Cristo"

3) Mesmo o dízimo ensinado pela Lei de Moisés NUNCA foi financeiro e funciona muito diferente do pregado pelas igrejas:

E mesmo que você consiga provar que algumas coisas da lei, como o dízimo, devem ser seguidas pelos cristãos (o que eu duvido), ainda há o problema de que o dízimo foi instituído como sendo:

a) 10% de suas colheitas, ANO A ANO, onde a pessoa que dizima ia pra Jerusalém e COMIA seu dízimo na presença do Senhor. Sim, ele não dava o dízimo pra ninguém, ele desfrutava do seu dízimo. A "OFERTA" a Deus era vc ir a Jerusalém e consagrar seus 10% na presença do Senhor, não dar pra quem quer que seja. Duvida disso? Aqui, oh:

"Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente, que cada ano se recolher do campo. E, perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus todos os dias. E quando o caminho te for tão comprido que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que escolher o Senhor teu Deus para ali pôr o seu nome, quando o Senhor teu Deus te tiver abençoado; Então vende-os, e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o Senhor teu Deus; E aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor teu Deus, e alegra-te, tu e a tua casa;" Deuteronômio 14:22-26

A referência não cita Jerusalém ainda pois Jerusalém só foi conquistada depois, na época de Davi. Jerusalém é citada aqui como sendo "no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome". Assim sendo, o ISRAELITA recolhia seus 10%, viajava a Jerusalém e COMIA estes 10% ele mesmo e sua família. A finalidade disso: "para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus todos os dias". Além disso, se o israelita morasse muito longe, ele podia VENDER seus 10%, viajar pra Jerusalém, e comprar TUDO O QUE ELE DESEJASSE de comida! E aí ele COME tudo e se alegra com sua família na presença de Deus.

Ou seja, o dízimo era um momento de consagração das primícias da colheita do israelita. E Deus queria que consagrasse as primícias fazendo o que vc faz com comida: COMENDO. Não dando pra alguém. Assim sendo, mesmo que a pessoa entenda que, hoje em dia, isso seria dinheiro (o que é ilogico, pois já nesta época existia dinheiro), o dinheiro deveria ser desfrutado pelo DIZIMISTA para comprar algo que alegrasse a sua ALMA. Deus estava interessado em duas coisas aqui, apenas: a demonstração de fidelidade a Deus e a alegria da alma do dizimista. MUITO diferente do que é pregado hoje em dia...

b) A cada TRÊS ANOS, você, ao invés de comer o seu dízimo, dava o mesmo aos LEVITAS, ao órfão, a viúva e o estrangeiro! A CADA TRÊS ANOS e não era pra pastor nenhum. Era pro sustento do levita que NÃO TINHA SALÁRIO, não tinha CASA, nem HERDADE, etc.

"Porém não desampararás o levita que está dentro das tuas portas; pois não tem parte nem herança contigo. Ao fim de três anos tirarás todos os dízimos da tua colheita no mesmo ano, e os recolherás dentro das tuas portas; Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o Senhor teu Deus te abençoe em toda a obra que as tuas mãos fizerem" Deuteronômio 14:27-29

 Quando acabares de separar todos os dízimos da tua colheita no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então os darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas portas, e se fartem; Deuteronômio 26:12

A cada TRÊS anos, o dízimo funcionava um pouco diferente. Ao invés de consumir o dízimo, o dizimista ia até o levita e deixava lá seus 10% dos frutos da Terra. Aí, comiam destes 10%: o levita, o ÓRFÃO, a VIÚVA e o ESTRANGEIRO. Porque isso? "Porém não desampararás o levita que está dentro das tuas portas; pois não tem parte nem herança contigo". O levita era um descendente da tribo de Levi, conforme a referência abaixo:

"Este é o ofício dos levitas: Da idade de vinte e cinco anos para cima entrarão, para fazerem o serviço no ministério da tenda da congregação; Mas desde a idade de cinqüenta anos sairão do serviço deste ministério, e nunca mais servirão;" Números 8:24,25

Assim sendo, mesmo que o dízimo seja aplicado hoje em dia, somente O LEVITA, conforme descrito acima pela PALAVRA DE DEUS, é digno deste dízimo. SOMENTE ELE, A VIÚVA, O ÓRFÃO e O ESTRANGEIRO. Ou seja, não tem brecha aqui pra interpretações alternativas que favoreçam a cobrança de dízimo.

Assim, temos a terceira objeção contra o dízimo financeiro: "O dízimo pregado pela Bíblia é totalmente DIFERENTE do dízimo pregado pelas igrejas e NÃO é financeiro".

Ou seja, chegamos à conclusão de que o dízimo financeiro, cobrado pelas igrejas, é anti-bíblico e uma HERESIA. E agora Malaquias 3:10 faz MAIS SENTIDO:

"Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes". Malaquias 3:10

MANTIMENTO NA MINHA CASA = comida. Comidas para os levitas que moram no templo. Senão, eles passam fome;

ABRIR AS JANELAS DO CÉU, E NÃO DERRAMAR SOBRE VÓS UMA BENÇÃO TAL = chuvas abundantes para a colheira. Sem chuva, a colheita não cresce;

UMA BENÇÃO TAL QUE NÃO HAJA LUGAR SUFICIENTE PARA A RECOLHERDES: colheita abundante, resultante das chuvas abundantes.

Pronto, dízimo financeiro totalmente refutado. Se vc acredita que a interpretação apresentada por mim está ERRADA, mostre na Bíblia isto, pois, sem Bíblia, não vale como regra de prática para o cristão. Sejamos "bereanos" verifiquemos o que a Bíblia realmente diz e não acreditemos em coisas inventadas pelo homem. Só uma coisa: se qualquer igreja de Deus, mesmo templo físico, for obra de Deus, ela deverá ser sustentada por OFERTAS VOLUNTÁRIAS (Estas, sim, previstas na Bíblia) e não deverá haver NENHUMA FORÇAÇÃO em cobrar elas. NENHUMA MESMO. Vc não será mais abençoado se ofertar. E, acredite: a obra de Deus se mantém em pé, então tenho CONVICÇÃO que qualquer obra de Deus receberá suprimentos de Deus: pessoas serão tocadas e a obra se manterá. Então, sem necessidade de forçação. Paz do Senhor! :)